terça-feira, 24 de abril de 2007


Novas Tecnologias

A escrita está acessível a qualquer cego, mesmo que ele desconheça o sistema Braille. Para isso, basta que o cego conheça os princípios básicos da dactilografia. Mas o problema da leitura permanece: como uma pessoa cega pode ler o que escreveu à máquina ou em papel? O sistema de escrita e, principalmente, de leitura Braille foi o primeiro a resolver essa questão. Através de um método lógico de pontos em relevo, distribuídos em duas colunas de três pontos. Para cada símbolo ou letra, uma pessoa cega pode, mediante o tacto, ler o que, com um aparelho especial denominado reglete e com uma pulsão, "desenhou" anteriormente ou o que dactilografou com a máquina de escrever Braille. Ou seja, pode ler e escrever com as mãos. No entanto, este método é demasiado específico, restringindo-se aos deficientes visuais.
Essa questão particular foi eliminada a partir de meados dos anos 90 pela introdução dos editores de texto nos computadores. A informática, como o Braille, entrou na vida das pessoas cegas como um vertiginoso meio de integração social, abrindo um horizonte infinito de informação, educação, cultura, mercado de trabalho e comunicação. Com os editores de texto, leitores de ecrã e sintetizadores de voz conjugados, o cego pode trocar e-mails com pessoas de qualquer parte do mundo, ler com total independência qualquer jornal internacional ou nacional, livros passados em scanner, listas de discussão e jogos de entretenimento.
O desenvolvimento da informática veio abrir um novo mundo recheado de possibilidades comunicativas e de acesso à informação. Os softwares existentes (leitores de ecrã e sintetizadores de voz) podem ler toda o ecrã do computador, uma determinada linha seleccionada, uma palavra ou mesmo caracteres, quando temos alguma dúvida sobre o que está escrito. Mas a informatização do segmento dos cegos depende muito dos recursos financeiros individuais, da actualização das instituições de/para cegos, das faculdades e escolas regulares em absorver essas novas necessidades especiais.
Em Portugal, apenas quatro Universidades dispõem de um serviço de apoio ao deficiente, neste caso, de apoio ao deficiente visual: a Universidade do Minho, a Universidade do Porto, de Coimbra e de Lisboa. A formação na área das novas tecnologias da informação está ainda muito limitada para a população cega. No Porto, apenas o serviço de Apoio ao Deficiente da Biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade do Porto dá formação nesta área.
O cego não utiliza o rato para trabalhar com o computador, já que ele exige coordenação visual, mas também não usa um teclado Braille. O teclado comum é a ferramenta de que o deficiente visual dispõe para fazer operações no computador. Devido a uma norma internacional de dactilografia, a maioria dos teclados possuem na parte inferior, nas letras J e F, um alto-relevo com a forma de um ponto. Assim, com os indicadores nessas letras eles conseguem ter o domínio do teclado. As teclas de atalho, comuns na maioria dos aplicativos, são também muito úteis e são um óptimo substituto do rato.

Além dos softwares como os leitores de ecrã e os sintetizadores de voz, que traduzem em informação sonora o conteúdo visual do ecrã, existem outro programas como o Openbook e o Jaws que, conjugados, permitem a leitura sonora de qualquer informação em papel. Com o scanner, o Openbook passa o texto do papel para o ecrã e depois o Jaws encarrega-se de traduzir o conteúdo em informação sonora. Hoje, um cego não só pode navegar pelas páginas da Internet como também produzi-las, participar em chats, ler jornais e revistas, fazer compras, fazer cursos on-line, ter acesso a manuais, informação em geral, a prestadoras de serviços, enfim, quase tudo que a WEB pode oferecer aos seus utilizadores.

Em paralelo com o computador, existe também a possibilidade de traduzir a informação para suporte papel, isto é, para Braille, através de impressoras Braille. No entanto, elas são bastante dispendiosas, para além de o seu processo exigir algum tempo. Há também a possibilidade de trabalhar com o computador e ao mesmo tempo com o sistema Braille, mediante um periférico denominado terminal ou linha Braille. Ligado ao computador, ele permite que o cego se certifique do que escreveu, embora este processo de verificação da escrita possa também ser realizado apenas com o computador, utilizando o teclado e os softwares já mencionados (leitor de ecrã, sintetizador de voz, Openbook e Jaws).

Para as pessoas de reduzida visão, existe um aparelho, designado monitor ampliador, que amplia qualquer texto que seja colocado no aparelho. Com uma pequena câmara de filmar na base, o equipamento capta o texto que se pretende visionar, traduzindo-o para um tamanho superior. Funciona como uma lupa e pode ser calibrado ao nível da cor e da luminosidade.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Recursos Didáticos na Educação Especial

Para ilustrar melhor o que a professora Vanda nos fala em sua
entrevista colocamos aqui o resumo de um texto dos professores
Jonir Bechara Cerqueira Elise de Melo Borba Ferreira

Recursos didáticos na educação especial
Jonir Bechara Cerqueira
Elise de Melo Borba Ferreira


Os materiais didáticos são de fundamental importância para a educação de deficientes visuais pois um dos problemas básicos do deficiente visual, em especial o cego, é a dificuldade de contato com o ambiente físico bem como a carência de material adequado pode conduzir a aprendizagem da criança deficiente visual a um mero verbalismo, desvinculado da realidade;a formação de conceitos depende do íntimo contato da criança com as coisas do mundo; e tal como a criança de visão normal, a deficiente visual necessita de motivação para a aprendizagem; alguns recursos podem suprir lacunas na aquisição de informações pela criança deficiente visual; o manuseio de diferentes materiais possibilita o treinamento da percepção tátil, facilitando a discriminação de detalhes e suscitando a realização de movimentos delicados com os dedos.Na educação especial de deficientes visuais, os recursos didáticos podem ser obtidos por uma das três seguintes formas:
Seleção
Dentre os recursos utilizados pelos alunos de visão normal, muitos podem ser aproveitados para os alunos cegos tais como se apresentam. É o caso dos sólidos geométricos, de alguns jogos e outros.
Adaptação
Há materiais que, mediante certas alterações, prestam-se para o ensino de alunos cegos e de visão subnormal. Neste caso estão os instrumentos de medir, como o metro, a balança, os mapas de encaixe, os jogos e outros.
Confecção
A elaboração de materiais simples, tanto quanto possível, deve ser feita com a participação do próprio aluno. É importante ressaltar que materiais de baixo custo ou de fácil obtenção podem ser freqüentemente empregados, como: palitos de fósforos, contas, chapinhas, barbantes, cartolinas, botões e outros.
Com relação ao uso, os recursos devem ser:
Fartos — para atender a vários alunos simultaneamente;
Variados — para despertar sempre o interesse da criança, possibilitando diversidade de experiências;
Significativos — para atender aspectos da percepção tátil (significativo para o tato) e/ou da percepção visual, no caso de alunos de visão subnormal.
Materiais básicos
Para alcançar desempenho eficiente, o aluno deficiente visual, especialmente o aluno cego, precisa dominar alguns materiais básicos, indispensáveis no processo ensino-aprendizagem. Entre esses materiais, destacam-se: reglete e punção, sorobã, textos transcritos em Braille e gravador cassete.
Na medida do possível, o educando deverá usar máquina de datilografia Braille, cujo rendimento, em termos de rapidez, pode mesmo ultrapassar o da escrita cursiva dos videntes.
A máquina de datilografia comum pode ser utilizada pelo aluno deficiente visual, a partir da quarta série, na apresentação de pequenos trabalhos escolares. Constitui-se num valioso recurso de comunicação nas fases posteriores da aprendizagem e tem inúmeras aplicações na vida prática e no desempenho de muitas profissões.
Para alunos de visão subnormal, na maioria dos casos, os recursos didáticos mais usados são:
*cadernos com margens e linhas fortemente marcadas e espaçadas;
*lápis com grafite de tonalidade forte;
* caneta hidrocor preta;
*impressões ampliadas;
*materiais com cores fortes e contrastantes.
Mapas
Os mapas políticos, hidrográficos e outros, podem ser representados em relevo ou, no caso do primeiro, por justaposição das partes (encaixe). Mapas em relevo podem ser confeccionados com linha, barbante, cola, cartolina e outros materiais de diferentes texturas. A riqueza de detalhes num mapa pode dificultar a percepção de detalhes significativos.
Livro Didático
O emprego de desenhos, gráficos, cores nos livros modernos vem dificultando de forma crescente sua transcrição para o Sistema Braille. Este fato impõe a adoção de uma das seguintes soluções:
* adaptação do livro para transcrição em Braille;
*elaboração de livros especiais para cegos.
Livro Falado
É o livro gravado em fitas cassete. De ampla utilização no Brasil, constitui eficiente recurso como livro didático no segundo grau e no ensino superior. A utilização do livro falado, no primeiro grau, deve limitar-se tanto quanto possível, à literatura ou aos didáticos de leitura complementar.
Avanços tecnológicos
O grande avanço tecnológico verificado nos últimos anos vem proporcionando, também à educação especial, recursos valiosos para o processo ensino-aprendizagem, inclusive com a utilização de equipamentos de informática. Entre esses recursos podem ser destacados:
Sistema de Leitura Ampliada
Circuito Fechado de Televisão (CCTV)
Apresenta-se monocromático ou colorido, podendo ampliar até 60 vezes o tamanho de um caractere e funciona como periférico, acoplado a um microcomputador.
Programas (Softwares)
Providos de recursos para ampliação de caracteres, permitindo sua leitura em monitores, bem como sua impressão.
Thermoform
Duplicador de materiais, empregando calor e vácuo, para produzir relevo em película de PVC.
Braille Falado
Minicomputador, pesando 450 g e dispondo de 7 teclas através das quais o aparelho pode ser operado, para edição de textos a serem impressos no sistema comum ou em Braille. O Braille Falado, conectado a um microcomputador, pode ser utilizado como sintetizador de voz, transferir ou receber arquivos. Funciona ainda como agenda eletrônica, calculadora científica e cronômetro.
Microcomputador
Equipamento que amplia recursos na área da educação especial, na vida prática e em atividades profissionais dos deficientes da visão. Os computadores existentes no mercado, providos de programas específicos e de diferentes periféricos, podem ser operados normalmente pelas pessoas cegas. Entre os periféricos, podem ser destacados:
Sintetizadores de Voz
Conectados a um computador, permitem a leitura de informações exibidas em um monitor. Dentre as diferentes modalidades produzidas em outros países, inclusive com voz sintetizada na língua portuguesa, destaca-se o DOSVOX, desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Terminal Braille (Display Braille)
Representa, em uma ou duas linhas, caracteres Braille correspondentes às informações exibidas em um monitor. Os caracteres Braille são produzidos por pinos que se movimentam verticalmente em celas, dispostas numa placa, geralmente metálica.
Impressora Braille
Existem hoje, no mercado mundial, diferentes tipos de impressoras Braille, seja para uso individual (pequeno porte) ou para produção em larga escala (médio e grande porte). As velocidades de produção são muito variadas. Essas impressoras, geralmente, podem imprimir Braille interpontado ou não em 6 ou 8 pontos, bem como produzir desenhos. Algumas impressoras Braille podem utilizar folha solta, mas a maioria funciona com formulário contínuo.
Scanner de Mesa
A transferência de textos impressos para microcomputadores (via scanner) vem alcançando ampla utilização entre estudantes e profissionais deficientes da visão. O texto digitalizado pode ser lido através de um sintetizador de voz de um terminal Braille, impresso em Braille ou no sistema comum ampliado. O scanner pode ser operado com facilidade por um deficiente visual.
Sistema Operacional DOSVOX
O Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ (NCE) vem se dedicando à implementação de um sistema destinado a atender aos deficientes visuais que desejem utilizar computadores para desempenharem diferentes tarefas. Neste sentido, foram desenvolvidas as seguintes ferramentas computacionais:
· sintetizador de voz portátil que possibilita a produção de fala, ainda que o computador não possua placa de som;
· sistema operacional complementar ao DOS, destinado a produzir saída sonora com fala em língua portuguesa;
· editor de textos;
· caderno de telefones, agenda de compromissos, calculadora, relógio, jogos etc.;
· utilitários para acesso à INTERNET, para preenchimento de cheques e outros.
O Sistema DOSVOX alcançou ampla aceitação em todo o Brasil, registrando-se várias centenas de usuários, muitos deles, estudantes de diferentes níveis de escolaridade.
O Instituto Benjamin Constant mantém cursos do Sistema Operacional DOSVOX, e possui um Laboratório de Pesquisa em Computação para Deficientes Visuais em cooperação com a Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Jonir Bechara Cerqueira e Elise de Melo Borba Ferreira são professores do Instituto Benjamin Constant.
grupo 06

Educação Inclusiva: A Prática na Escola

Educação Inclusiva: A Prática na Escola
Para refletir e conhecer o trabalho de uma educadora de deficientes visuais
Entrevistada : Professora e Especialista em Deficiência Visual – Vanda Lima Michelon
Escola Estadual Ione Campos dos Santos – 23ª CRE – Vacaria RS
1-A deficiência visual limita, mas não impede a pessoa de levar uma vida normal?
Explique.A deficiência visual limita sim, pois segundos os estudiosos aprendemos, ou melhor, nosso aprendizado acontece 90% através da visão.A criança cega pode ser mais prejudicada se a figura da mãe não estiver envolvida num programa de estimulação precoce.A criança precisa formar imagens mentais sobre os objetos que a rodeiam e dos objetos de estudo através do tato.De acordo com Piaget, as imagens mentais ajudam na formulação de operações do pensamento, assim limitações do sistema de imagens pode afetar o processo cognitivo. A CRIANÇA CEGA USA O TATO PARA FAZER ESSA CONSTRUÇÃO DE IMAGENS MENTAIS, TODO O SEU APRENDIZADO SE DÁ ATRAVÉS DO TATO.
2 - Quais os tipos de deficiência visual?
Os DVs são divididos em dois grupos: cegos e portadores de visão subnormal, a classificação tem sido feita à partir da Acuidade Visual:sendo cego aquele que dispõe de 20/200 de visão do melhor olho; e portador de visão subnormal aquele que dispõe de 20/70 de visão nas mesmas condições.
3 – Sua escola possui laboratório para o uso da tecnologia com deficiência visual?
Não, a sala de recursos de Deficientes Visuais possui dois computadores com o programa DOSUOX, que os alunos utilizam quando é possível, ou não tenham trabalho da sala de aula do ensino regular para fazer.
4 - Quais são as tecnologias assistivas que auxiliam o deficiente visual no seu dia-a-dia?
A bengala, o sorobã, a reglete, a punção
5 - O que é o sistema Braille?
Louis Braille concebeu um sistema de escrita e leitura, que consiste em seis pontos em relevo permitindo obter sessenta e três combinações diferentes.Representa as letras do alfabeto, sinais de pontuação, números, notação cientificas e musicais. Pode se rescrito pela própria pessoa cega e por ela lido através do tato.
6 - O braille passou para muitos a ser um segundo recurso ou quase a ser uma mera recordação, após o surgimento dos recursos informáticos?
Penso que o Braille jamais deverá ser usado como segundo recurso, pois a informática não é de acesso comum; e como o cego faz quando vai ao supermercado, viaja, falta luz e precisa se utilizar da escita e dos números?
7 - Qual a importância do Braille e qual é do papel das novas tecnologias?
O Braille sempre será de grande importância para os cegos pois é um principio, e a tecnologia veio para a inclusão digital e para facilitar a vida do PDV que tem como profissão direito (advogado), que utilizam palavras e informações.
8- Que recursos sua escola possui para o atendimento de deficiência visual?
A escola possui em sua sala tudo o que precisa para auxiliar o deficiente visual como: bengalas, regletes, punções, livros em Braille, livros falados, alfa Braille, máquinas Braille, Revista Veja em CD, mapas, tabelas periódicas em alto relevo, brinquedos pedagógicos, dois computadores, livros pedagógicos em Braille e ampliado.
9- Qual a metodologia que a escola e/ou professor utilizam para alfabetizar DV?
A metodologia da escola para alfabetizar é o método tradicional das partes para o todo.
10- O que representa para você trabalhar com DV?
A realização de um sonho pois tenho uma amiga PDV e sempre desejei ajudá-la. Hoje, além desta amiga posso ajudar muitas outras pessoas.
11-Você foi preparada para trabalhar com DV?
Sim. A principio tive a vontade de ajudar em seguida apareceu a oportunidade e fiz Pós-graduação em Deficiência Visual – Especialização na Área de Deficiência Visual na PUC-RS
Grupo 06

DEFICIENTE VISUAL USA TECNOLOGIA PARA SUPERAR LIMITES NO DIA-A-DIA

A.A.I., 46 anos, dividia o seu tempo entre o emprego de auxiliar de enfermagem e o bico como motorista de táxi. Até sofrer um descolamento de retina e perder a visão totalmente, há oito anos. Impossibilitado de exercer a profissão, encontrou na tecnologia uma maneira de reconquistar a independência.
Ele trabalha no computador montando kits de telemensagens, aqueles recados que podem ser enviados para parentes e amigos em ocasiões especiais. Assim, complementa a renda da aposentadoria.
O trabalho do aposentado é possível graças ao Virtual Vision, programa que lê os textos que aparecem na tela do micro e dita os comandos que são acionados, como "abrir janela" no Windows.
A influência do mundo digital na vida de A.A.I., no entanto, vai muito além do seu negócio. Interessado, pesquisa sobre novidades tecnológicas na internet e adquire o que o seu orçamento apertado permite. Um software especial "lê" em voz alta os conteúdos dos sites para ele.
Nas tarefas do dia-a-dia, ele conta com o auxílio do micro, além da bengala, para se guiar. "Se preciso ir para algum lugar, tenho como puxar o endereço pela internet, entro em um site de guia da cidade e procuro o melhor caminho. Tudo isso são coisas que ajudam a pessoa com deficiência e qualquer outra pessoa."
A tecnologia, amiga do dia-a-dia, é também uma fonte de esperança para o deficiente em relação ao futuro. "Eu acredito que, daqui a alguns anos, uma pessoa que tem o mesmo problema que eu, que é descolamento de retina, vai poder enxergar por meio de um chip de computador. Já tem alguma coisa assim sendo desenvolvida."
(O Estado de S. Paulo – Informática – Silvia Campos - 15/11/04)

TECNOLOGIA ASSISTIVA

Recursos a serviço dos deficientes visuais e auditivos
Linguagem de sinais, textos falados ou avisos sonoros. Estes são alguns detalhes que auxiliam a vida de muitas pessoas. Principalmente a dos portadores de necessidades especiais, quando precisam lidar com computadores. Todos os recursos que contribuem para proporcionar vida independente aos deficientes são denominados tecnologias assistivas.

REFLEXÃO

"É bem justo que eu consagre
este milagre
que dos olhos faz descrer:

quando alguém quer ver no mundo
o que é profundo
fecha os olhos para ver"
Catullo da Paixão Cearense

sábado, 21 de abril de 2007

Conhecendo algumas ferramentas




O vitual Vision é o programa que permite aos defeicientes visuais utilizar o ambiente windwos, seus aplicativos Offices e a navegar pela Internet. Utiliza o DeltaTalk a tecnologia de síntese de voz desenvolvida pela MicroPower, granatindo a qualidade de audio, sendo o melhor sintetizador de voz em protuguês no mundo.


Braille Creator- Elaborado para ambiente windows, o programa contém tabelas de abreviaturas, podendo ser criado a sua própria tabela.




O Skype é um programa livre que usa a tecnologia “pair two pair” para trazer e oferecer uma comunicação de alta qualidade via voz. Com ele você realiza conversas de voz em tempo real com uma ou mais pessoas ao mesmo tempo. Além disso o Skype não é um programa complicado, dispensa configurações técnicas, funciona com qualquer tipo de acesso Internet, é em português e gratuito. É possível associar Skype a chamar “links” e permitir que o usuário que esteja simplesmente dentro de um e-mail, ou num website, possa chamar alguém diretamente, ou adicionar um botão no website ou assinatura de e-mail.
Ele funciona de modo semelhante a um software de mensagens instantâneas, mas pode armazenar recados de voz quando o usuário estiver ausente (de forma semelhante a uma
secretária eletrônica).

JAWS - Programa desenvolvido pela empresa norte-americana Henter-Joyce, pertencente ao grupo Freedom Scientific. O Jaws para Windows é um leitor de telas que permite facilmente o acesso ao computador a pessoas cegas ou amblíopes. Com o Jaws, qualquer usuário deficiente visual pode trabalhar tão ou mais rapidamente do que uma pessoa que veja normalmente, utilizando teclas de atalho. Estima-se que atualmente a quantidade de usuários deste programa esteja em torno de 50.000, espalhados por vários países. É um software de fácil utilização, eficiente e a velocidade pode ser ajustável conforme o nível de cada usuário.

DOSVOX - O software consiste de um sistema para computadores da linha PC que se comunica com o usuário através de síntese de voz. "Ele viabiliza o uso de computadores para o portador de necessidades visuais, que passa a ter independência no estudo e no trabalho", explica o coordenador do Núcleo de Educação Especial da UFJF, professor Carlos Alberto Marques.
O sistema, desenvolvido pelo Núcleo de Eletrônica da UFRJ, conversa com o deficiente visual em português. O DOSVOX é composto por sistema operacional, sistema de síntese de fala, formatador para braille, agenda, calculadora, preenchedor de cheques e jogos. Além de ampliar as telas para pessoas com visão reduzida, ele contém ainda programas para educação de crianças com deficiência visual e programas sonoros para acesso à internet.